25/08/2018

À MEMÓRIA DE LUÍS AMARO


No labor/amor literário, em casa, a 7 de dezembro de 2013



INSTÂNCIAS INCOMPLETAS

a L. A.



Inicialmente, como seu mensageiro,
levei e encaminhei referências, sinais
de Régio, de Sena, de Simões…
– Breve lhe conheci a própria alma
dos poemas, das páginas de vida
diárias, ofertadas em divinal e
íntima confissão de poeta.

Hermes volátil, mas vero vizinho,
convidado sou das suas horas
inspiradoras, ilustradas, generosas…
– Ó querido amigo, como é
desmedida a minha dívida para contigo:
preciosas são as lembranças avulsas
inscritas nos teus textos e ensinamentos!

Em cada referência falada, em tal inibido gesto
seriamente antegozo as ínfimas sugestões
literárias, de memórias, desejos, vidas, luz…
– Quão enigmático é o percurso humano
ao registar acasos no livro do Destino:
não há fim nem sequer princípio,
os nossos instantes são eternas repetições.

JC

20-II-2014

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