09/10/2014

ZEBRETA - A propósito de prémios literários

Desenho de Paul Klee


ZEBRETA

«Menótipo interlúdimo lizente,
finistribulatório desplalnex,
vagatúmen deval er folque altente,
satílimo nassacha er tri-tonex!

Durilúmbio fontil polidulcente,
brange telon! Delon plugimalsex!
Lemático interlúdimo… targente!
Fermópilo! Incontúribo! Maltex!»


— Assim cantava, à douta Academia
dos humanos atónitos, Zebreta,
Prémio Nobel de Marte na Poesia…

Barroco, muito asmático, e asceta,
recitava – e ninguém o entendia…
Mas todos se babavam: «Que poeta!»

António Luís Moita
Sal: poemas. Lisboa: Portuguãlia, 1962, p. 39.


Retrato do poeta latino Ovídeo usando a sua coroa de louros 
por Luca Signorelli (1475-1523)

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