01/03/2015

ENTRE A INTENSIDADE E O SILÊNCIO DA ALMA, CONHECER HENRIQUE LEVY

Henrique Levy, fotogr. no perfil do Facebook , 5.04.2015

A vida


Henrique José de Aguiar Fonte Leandro dos Santos Levy nasceu em Lisboa, a 6 de junho de 1960.

É um poeta, romancista e professor português.


Henrique Levy passou a sua infância em terras africanas, São Tomé e Príncipe e Moçambique, regressando a Portugal na década de 70.
Licenciou-se em Língua e Cultura Portuguesas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) e tornou-se Mestre em Estudos Portugueses com uma tese sobre Florbela Espanca, na Universidade Aberta (1999).

Iniciou a sua atividade profissional no Oriente, em Macau, como professor de Português língua não materna. Prosseguiu a sua carreira docente na FLUL; em Turim, na Itália, como Leitor de Português; na Universidade Autónoma de Lisboa - Camões (1992-2012).
Tendo "peregrinado" por vários países da África Austral, da Ásia e da Europa, assentou finalmente raízes nos Açores, onde casou no dia 25 de abril de 2017.





Estreou-se literariamente com o livro de poesia Mãos Navegadas (1999), inteiramente dedicado à poetisa calipolense Florbela Espanca [1894-1930] e configurando, entre outras, a temática do «amor vivo», tangível e feito descoberta ou navegação; a que se seguiu o volume Intensidades (2001), com tradução italiana, e ousando outros rumos da arte de amar. 

trad. italiana de Mãos navegadas
Conheça um dos poemas 
do livro de estreia sob o signo de Florbela aqui.

O livro O silêncio das almas (2015), prefaciado por Urbano Tavares Rodrigues, singulariza-se por dar expressão ao «erotismo religioso cristão» (Rui Rocha). Uma colectânea eivada na tradição de Mariana Alcoforado, Frei António das Chagas, Florbela Espanca e quiçá José Régio, intertextualidades a descobrir e a (não) confirmar pelo leitor atento.
Recentemente, editou Noivos do Mar (2017) e O Rapaz do Lilás (2018), obras que são a expressão poética de uma verdadeira alquimia amorosa,  a sua fusão harmoniosa com o Outro-ele mesmo das ilhas açorianas, núpcias libertadoras e litertárias. Na carta preliminar dirigida ao leitor no livro O Rapaz do Lilás, Henrique Levy elucida que "a vida, que por estes versos escorre, escuta um íntimo paraíso, vence distâncias e foge num voo ao espírito divino, lugar habitado por todas as vidas cujo sentido o poeta desconhece, mas busca."
Tem colaborado com poemas em várias antologias coletivas.


É ainda autor dos romances Cisne de África (2009)  Praia Lisboa (2010), ambos configurando a importância do Amor nas nossas vidas. A primeira narrativa, localizada em território moçambicano, retrata através de uma protagonista feminina «a intensidade dos conflitos emocionais» em tempo de guerra; por seu lado, o segundo título sugere já a dualidade espacial do romance, repartindo a fuga à solidão dos seus seres comunicantes ora pela insularidade da cidade da Praia, em Cabo Verde, ora pela capital portuguesa, espaço mais aberto às possibilidades do amor.

Publicou recentemente dois novos livros em prosa: Maria Bettencourt : diários de uma mulher singular (2019) e Segredo da visita régia aos Açores (2020).



No Youtube, 3.11.2013. [Clique no título para visualizar]


A obra
  • Florbela Espanca: leituras – tese de mestrado em Estudos Portugueses. Lisboa: Universidade Aberta, 1999.
  • Mãos navegadas, poesia. Odivelas : Europress, 1999.
  • Intensidades, poesia; il. Francisco Casanova. Odivelas: Europress, 2001.
  • Cisne de África, romance. Lisboa: Livros de Seda, 2009. 
  • Praia Lisboa, romance; capa com pintura de João Figueiredo: “Psycho impossibility”. Lisboa: Livros de Seda, 2010.
  • O silêncio das almas, poesia; pref. de Urbano Tavares Rodrigues; capa de Nuno Ricardo Ascenção. Macau: Criarinovar, 2015.
  • Noivos do Mar, poesia, pref. de Miguel Real. Fafbirinto, 25 de abril de 2017.e: La
  • O Rapaz do Lilás, poesia, pref. de Daniel Gonçalves. Ribeira Grande, Ilha de São Miguel, Açores: Confraria do Silêncio, 2018.
  • Sensinatos. Pref. Inocência Mata. Ribeira Grande : Confraria do Silêncio, 2019.
  • Maria Bettencourt : diários de uma mulher singular. Lisboa : Planeta, 2019.
  • Estado de emergência, poesia, em coautoria com Ângela Almeida. Ribeira Grande: Silêncio da Confraria, 2020.
  • Segredo da visita régia aos Açores. Lisboa: Plátano, 2020.
  • Poemas do próximo livro. N9na Poesia, 2022.
  • ...

 



Algumas referências


Em jovem, com o gatinho Aly  (in Facebook)

4 comentários:

  1. Estou muito motivada em conhecer a obra!!!

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    1. O mesmo. A capa do último livro de poesia, "O silêncio das almas", com ressonâncias florbelianas, também me intrigou e é um estímulo à leitura. Talvez seja possível publicar aqui mais um ou dois poemas, com conhecimento do H Levy.

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  2. Excelente postagem. E o Henrique bem merece.

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    1. Obrigado, João. Alguns temas ou personagens são inesperados e sempre sedutores. Agora que reinício a leitura da sua obra - a um ritmo calmo e de prazer - espero depois melhorar o "verbete" ou redigir outros breves textos, impressões de leitura. Promessas! Abraço.

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