procura na terra
desbravada imersa
na solidão da noite
o meu corpo transformado
na aurora luminosa
cada manhã
envolta em branco
noiva viúva
viverás nesse encanto
procura amor nas minhas mãos
o sabor onde a tua alma repousa
e a luz meu deus!
tão branca parece a manhã
clara dos teus olhos em êxtase
quando a minha boca
a tua percorria ardente
sou teu
morri para ser teu
tu ressuscitaste
deixando-me só
morto
envolto no meu burel
de noivo prometido
à vida
que já tarda
HENRIQUE LEVY
In: O silêncio das almas. Macau: Criarinovar, 2015, p. 23.
Poema, e imagem associada, partilhado no Facebook, 14.03.2015.
Excelente!
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