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Luís Filipe Castro Mendes (1950-) |
A vida
Luís Filipe Carrilho de Castro Mendes nasceu em Idanha-a-Nova, em 1950.
Poeta,
ficcionista, diplomata, ministro da Cultura.
Luís Filipe Castro Mendes é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa (1974).
A partir de 1975, seguiu a carreira diplomática, desempenhando funções em Luanda, Madrid, Paris, Rio de Janeiro, Budapeste e Nova Deli.
Quando Regressou a Lisboa, foi assessor de Melo Antunes no Ministério dos Negócios Estrangeiros e, mais tarde, do presidente Ramalho Eanes, em 1983. Entre 1995 e 1997, foi Chefe de Gabinete do então Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Amado, e exerceu depois o cargo de cônsul de Portugal no Rio de Janeiro. Em 2010, substituiu Manuel Maria Carrilho na representação de Portugal junto da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, e, em 2012, assumiu funções no Conselho da Europa, em Estrasburgo. Em abril de 2016, iniciou as suas funções como Ministro da Cultura.
A partir de 1975, seguiu a carreira diplomática, desempenhando funções em Luanda, Madrid, Paris, Rio de Janeiro, Budapeste e Nova Deli.
Quando Regressou a Lisboa, foi assessor de Melo Antunes no Ministério dos Negócios Estrangeiros e, mais tarde, do presidente Ramalho Eanes, em 1983. Entre 1995 e 1997, foi Chefe de Gabinete do então Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Amado, e exerceu depois o cargo de cônsul de Portugal no Rio de Janeiro. Em 2010, substituiu Manuel Maria Carrilho na representação de Portugal junto da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, e, em 2012, assumiu funções no Conselho da Europa, em Estrasburgo. Em abril de 2016, iniciou as suas funções como Ministro da Cultura.
Estreou-se
precocemente como poeta (1965-1967), ao publicar poemas no suplemento juvenil
do Diário de Lisboa e no suplemento literário do diário República, começando a publicar a sua poesia em forma de livro na década de 80. Recados (1983), é uma “obra onde se
impõem desde logo duas das mais marcantes características da sua poesia: o
virtuosismo no tratamento de formas poéticas tradicionais e a
intertextualidade, com referências muito presentes a vários escritores, como
Emily Dickinson, Rilke, Nietszche, Jorge Luís Borges, Rimbaud, etc.” (in DGLB).
É esse “jogo da citação e do diálogo com referências e memórias da cultura
ocidental” que se inscreve “no conjunto de características que permitem
considerar a sua obra como pós-moderna” (idem).
Publicará de seguida, no domínio da poesia, Seis elegias e outros poemas (1985), A Ilha dos Mortos (1991), Viagem de inverno (1993), O jogo de fazer versos (1994), Modos de música (1996), Quadras ao gosto pessoano (1997), Outras canções (1998). Estas obras serão coligidas em Poesia reunida: 1985-1999, acrescidas do livro inédito Os amantes obscuros (1999). Após a publicação de Os dias inventados (2001), voltará a coligir os seus poemas, agora selecionados e em edição bilingue – em português e dinamarquês, na antologia Os amantes obscuros: poemas escolhidos: 1985-2001 (2007). Mais recentemente, vieram a lume Lendas da Índia (2011), A misericórdia dos mercados (2014) e Outro Ulisses regressa a casa (2016).
A sua estreia na ficção foi igualmente na década de 80, com Areias escuras (1984); só voltando à prosa com o romance de 1995, Correspondência secreta, obra polifónica quer pelas figuras a que dá voz - Marquesa de Alorna, Filinto Elísio, Cavaleiro de Oliveira... – quer pela relação intertextual que estabelece com uma multiplicidade de géneros literários, como poemas, epístolas e monólogos, através da paródia e de outros processos de citação e evocação de todo um legado histórico-literário português.
Trata-se de um escritor
sobejamente laureado: em 1985, o seu Seis
elegias e outros poemas recebe o Prémio
Pedro Homem de Mello, do Lions Clube do Porto; em 1992, a obra A Ilha dos Mortos (1991) é destacada com
o Prémio PEN Clube Português de Poesia; dois anos depois, em 1994, com O jogo de fazer versos, o poeta é
duplamente laureado – recebe o Prémio Municipal Eça de Queiroz e o Prémio D.
Diniz. É também duplamente premiado com o romance Correspondência secreta (1995) – obra distinguida com o Prémio
Municipal Eça de Queiroz, em 1995, e com o Prémio PEN Clube Português de
Novelística, em 1996.

A obra
- Recados [poesia]. Lisboa: INCM, 1983. / 2002.
- Areias escuras [ficção]. Lisboa : Heptágono, 1984.
- Seis elegias e outros poemas. Porto: Associação dos Jornalistas e Homens de Letras: Lions Clube, 1985.
- A Ilha dos Mortos [poesia]. Lisboa: Quetzal, 1991.
- Viagem de Inverno [poesia].Lisboa: Quetzal, 1993.
- O Jogo de fazer versos [poesia]. Lisboa: Quetzal, 1994.
- Correspondência secreta [romance]. Lisboa: Quetzal, 1995. / 2.ª ed., 1999.
- Modos de música [poesia]. Lisboa: Quetzal, 1996.
- Quadras ao gosto pessoano. Lisboa: e.a., 1997.
- Outras canções [poesia]. Lisboa: Quetzal, 1998.
- Poesia reunida (1985-1999). Com o livro inédito ‘Os amantes obscuros’. Lisboa: Quetzal, 1999.
- Os dias inventados [poesia]. Lisboa: Gótica, 2001.
- Os amantes obscuros : poemas escolhidos (1985-2001). S.l.: s.n., 2007. ISBN 978-954-462-129-2. – Ed. bilingue em português e dinamarquês.
- Lendas da Índia [poesia]. ed. literária de Maria da Piedade Ferreira; rev. Ana Lúcia Parga. Alfragide: Dom Quixote, 2011.
- A misericórdia dos mercados [poesia]. Porto: Assírio & Alvim, 2014.
- Outro Ulisses regressa a casa [poesia]. Porto: Assírio & Alvim, 2016.
Referências
- Centro de Documentação de Autores Portugueses - “Luís Filipe de Castro Mendes”, biografia-verbete, in DGLB, jan. 2002.
- “Luís Filipe Castro Mendes”, verbete, in Infopédia da Porto Editora.
- “Luís Filipe Castro Mendes”, verbete, in “Autores”, verbete da Wook online.
- “Luís Filipe Castro Mendes”, verbete, in Wikipédia, a enciclopédia livre.
- “Em silêncio... Luís Filipe Castro Mendes: “Música calada”, em “O poema da semana” no Centro Virtual Camões.
- Entrevista, no Brasil, com o poeta a propósito de Poesia Reunida (1999).
- Luís Filipe Castro Mendes – “Depois da queda: as organizações europeias face a um sistema internacional em mudança (1989-1993)”, artigo, in Política Internacional, vol. 1, n.º 7/8 (outono 1993), dir. João Ferreira de Sousa, Lisboa, p. 19-.
[Desde a sua nomeação para MC, do mais antigo para o mais recente:]
- GUERREIRO, António – “A poesia, essa ocupação inocente”, in Público [digital], 11.04.2016.
- “O novo ministro da Cultura em 10 poemas”, in Observador [digital], 10.04.2016.
- “Luís Filipe Castro Mendes é o novo ministro da cultura”, in Observador [digital], 10.04.2016.
- “Luís Filipe Castro Mendes, um diplomata poeta que será ministro”, in DN [digital], 10.04.2016.
- “Luís Filipe Castro Mendes é o novo ministro da Cultura”, in Expresso [digital], 10.04.2016.
- “Embaixador Luís Filipe Castro Mendes é novo ministro da Cultura”, in Público [digital], 10.04.2016. – por Cláudia Lima Carvalho , António Guerreiro , Isabel Coutinho , Luís Miguel Queirós E Sérgio B. Gomes
- Presidente da República aceita proposta de nomeação do novo Ministro da Cultura”, notícia, página da Presidência da República Portuguesa, 10.04.2016.
- AMARAL, Fernando Pinto do – 100 livros portugueses do século XX: uma selecção de obras literárias = 100 portuguese books of the 20th century: a selection of literary works. Pref. Jorge Couto; fot. Luísa Ferreira, Arquivo da BNP, Arquivo do DN; trad. Richard Rogers. Lisboa: Instituto Camões, 2002, p. 192-193. –Contem uma fotografia do autor, acompanhada de uma breve nota biográfica, e a reprodução da capa da 1.ª edição do livro selecionado: A Ilha dos Mortos (1991). – ISBN 972-566-227-X.
- “Luís Filipe Castro Mendes”, fotografia 56, in Les écrivains: le Portugal au Salon du Livre 2000. Fotog. Luisa Ferreira; Mariana Viegas; João Francisco Vilhena; Teresa Belo. Lisboa: Ministério da Cultura, 2000.
- “Luís Filipe Castro Mendes”, fotografia 23, in Portuguese writers in Frankfurt. photographs by Luísa Ferreira; biographies written by Ana Maria Pereirinha; design Luís Filipe Cunha; trad. David Alan Prescott. Lisboa: Portugal-Frankfurt 97 / Casa Fernando Pessoa / IPLB, 1997. – A fotografia é acompanhada no verso por a biobibliografia do autor.
- “Luís Filipe Castro Mendes”, in Figuras de estilo = Figures de style [Visual gráfico]. Monique BURKE; texto de Eduardo Prado Coelho. Lisboa: INCM, 1988, p. 139.
- Abril: poesia dos anos 90 em Portugal, dir. Miguel Candel...; et al.. Luxembourg, n.º ? (abril [19--?]). – Contém o poema “O Modo Funcionário de Viver” da autoria de Luís Filipe Mendes e que é alusivo à memória de Bernardo Soares.
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